Descrição
SOBRE A AUTORA
Débora Tabacof é psicóloga, mãe de dois filhos e baiana. Radicada em São Paulo desde 1970, ela é instrutora formadora de coordenadores de Movimento Vital Expressivo pelo Sistema Rio Abierto de terapias psicocorporais. Além disso, ela possui uma vasta experiência em terapias psicocorporais.
Em 1996, junto a um grupo de amigos, Débora fundou a Aachaa – Associação de Artes Curativas Himalaia Amazônia Andes. Desde então, ela organiza grupos de viagens com atividades de meditação e artes para a Amazônia e os Andes, promovendo, assim, um intercâmbio entre as práticas de cura e autocura do budismo tibetano, originário das montanhas do Himalaia, e as tradições dos ribeirinhos e indígenas da Amazônia e da Cordilheira dos Andes.
Desde 2001, Débora atua na clínica de psicologia e também no universo dos Reality Shows. Nesse campo, ela pesquisa e desenvolve os conceitos de Simbólico, Imaginário e Real, criando o que ela chama de Psicologia da Fama. Dessa forma, sua abordagem terapêutica é aplicada de maneira inovadora.
Atualmente, Débora está lançando o livro “Um Lama Tibetano na Amazônia”, no qual relata sua experiência desde 1996. Ela descreve, detalhadamente, o percurso que a levou a organizar uma viagem com um grupo de pessoas para levar um Lama tibetano à floresta. O livro também inclui seu relato sobre a vivência em 1989 na ONG Saúde e Alegria, a maior referência de organizações ambientais do Brasil. Além disso, o livro registra o entronamento de Lama Michel Rinpoche, o primeiro lama brasileiro.
Do livro
Com prefácio da inglesa Lama Caroline e da cineasta budista Anna Muylaert, que acompanhou Débora e Lama Gangchen na viagem à região do rio Tapajós, no Pará, o livro é organizado em cinco partes. “[…] Além dos textos clássicos escritos pelos mestres, também fazem parte do corpo dos ensinamentos budistas os comentários de praticantes”, relata a autora. Portanto, o livro oferece um equilíbrio entre tradição e prática.
A primeira parte, chamada “Diários da Palhaça”, começa com Débora como bailarina e estudante de psicologia. Ela explora o mundo acrobático em aulas no Circo Escola Picadeiro, um centro cultural icônico de São Paulo nos anos 1980. Contudo, sua inquietação a levou, em 1986, ao Instituto Rio Abierto, na Argentina.
Foi nesse sistema que Débora se formou como psicoterapeuta corporal, iniciando uma integração do físico, emocional, mental e espiritual que a acompanha até hoje. Em 1989, ela mudou-se para Santarém, no Pará, onde trabalhou como artista de circo e educadora no Projeto Saúde e Alegria, que desde os anos 1980 apoia os povos originários e ribeirinhos. Além disso, o livro registra pela primeira vez o trabalho da ONG, fundada em 1987.
A história continua com os ‘Diários de uma Buscadora’, onde Débora escreve sobre seu primeiro encontro com Lama Gangchen, suas viagens ao Tibete, Katmandu e Índia. Nessa jornada, ela testemunhou o entronamento do primeiro Lama brasileiro, Michel Rinpoche, em 1994, quando ele tinha apenas 13 anos. “[…] O menino que eu conhecia desde criança havia sido reconhecido como um Tulku – um mestre reencarnado, e seria entronado como um Rinpoche no Oriente”, compartilha a autora.
Mais do livro
“Romper com o conhecido, fazer experiências comigo mesma e desmecanizar os padrões da cultura em que fui criada.” Assim, Débora inicia a terceira parte do livro, com o sugestivo título “Um Desejo Compartilhado”, onde ela incentiva as pessoas a criar seus próprios grupos de trabalho em benefício da comunidade. Ademais, ela apresenta a importância de se romper com velhos paradigmas.
Ela descreve a viagem como “uma experiência artística, ambiental e espiritual” e introduz o início de sua jornada na Autocura NgalSo, por meio da prática “Fazendo as Pazes com a Amazônia” (Making Peace with the Amazonia). Lançada em Santarém em 1996, essa meditação é praticada ao redor do mundo em prol da floresta. “As viagens sempre me conduziram a uma experiência de transcendência e individuação”, conclui a autora.
A quarta parte
Na quarta parte, intitulada “Confluências”, Débora explora a possível origem comum e a conexão entre os povos andinos, tibetanos e indígenas brasileiros. Entre os relatos, a atriz Marisa Orth compartilha suas experiências, tendo acompanhado Débora em uma viagem a Mendoza, na Argentina. “Qual é a ponte que pode unir os diferentes povos e culturas das três Américas?”, questiona Débora.
Ela acredita que o encontro da Águia e do Condor não ocorrerá por caminhos conhecidos, mas sim por uma ressonância de alma. Para ela, a união virá pela expansão da consciência comum, sentindo-se pertencente a uma comunidade. Débora menciona um trecho da obra “Indícios da Próxima Revolução: Os Germes do Futuro na América Interior”, de Ramón Munhoz Soler.
Finalmente, na quinta e última parte de “Um Lama Tibetano na Amazônia”, Débora reflete sobre os impactos da covid e a morte de seu mestre. Nesse contexto, ela propõe um caminho de organização coletiva horizontal para os tempos futuros. A autora se despede dos leitores e de Lama Gangchen de forma pessoal, compartilhando os mantras que aprendeu para despoluir os cinco elementos – Terra, Água, Fogo, Ar e Espaço –, permitindo que o leitor possa entoar e sentir as energias do budismo.
Em suma
O livro é o primeiro de uma série, onde Débora Tabacof pretende apresentar essa conexão entre cultura pop e espiritualidade ao público. Por isso, o trabalho dela pode interessar tanto a espiritualistas quanto a estudiosos da cultura pop.
Débora Tabacof receberá o público e convidados para o lançamento de “Um Lama Tibetano na Amazônia” no dia 1º de julho, um sábado, na Unibes Cultural. O evento contará com um coquetel, seguido por uma sessão de meditação e uma apresentação de circo.